Mais de um milhão de
pessoas de todos os Estados-Membros da
União Europeia
assinaram uma petição a favor da proibição do herbicida
glifosato, usado
sobretudo para matar ervas daninhas e potencialmente
cancerígeno, anunciou
hoje a Plataforma Transgénicos Fora.
Em fevereiro,
organizações não-governamentais europeias, incluindo
portuguesas,
propuseram-se recolher assinaturas para exigir o fim da utilização
do glifosato.
Hoje, em comunicado a Plataforma
Transgénicos Fora informou que mais de um
milhão de pessoas, de todos os
Estados-Membros da União Europeia, assinaram
a favor da proibição do herbicida
glifosato.A iniciativa de Cidadania Europeia,
que foi liderada em Portugal pela
Plataforma Transgénicos Fora, "exige também,
além da proibição, que o processo
europeu de autorização de pesticidas seja
profundamente melhorado e ainda que se
estabeleçam metas obrigatórias para a
redução do uso de pesticidas na União
Europeia".
De acordo com a nota, em Portugal foram
recolhidas 9.632 assinaturas (8.901
das quais online, sendo as restantes em
papel), que foram entregues para validação
à autoridade nacional
competente."No total, em toda a União Europeia,
assinaram 1.320.517 pessoas",
adianta a Plataforma, acrescentando que
"a Comissão Europeia tem agora a
obrigação legal de responder às solicitações
em causa através da proposta de medidas
concretas no sentido da sua implementação".
O dossiê sobre glifosato deverá ser
discutido a 19/20 de julho no Comité Permanente
e a primeira votação deverá ter lugar em
outubro.
Em fevereiro, as 11 entidades
portuguesas da área do ambiente e agricultura reunidas
na Plataforma, adiantavam que em Portugal
"registam-se os níveis de contaminação
humana mais elevados de toda a União
Europeia".Há mais de um ano, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) classificou este
herbicida como "carcinogénio provável para
o ser humano e carcinogénio provado para
animais de laboratório".
O químico, usado também na agricultura,
tem sido alvo de vários alertas dos ambientalistas e, em Portugal, em 2014,
a Quercus lançou uma campanha nacional a apelar aos municípios para
que deixem de utilizar pesticidas para eliminar ervas daninhas em jardins e outros
locais públicos, com o argumento de que são responsáveis por danos na saúde, podendo provocar
cancro.Em janeiro, o Governo aprovou a proibição de uso de pesticidas em espaços públicos
como jardins infantis, parques e jardins urbanos, escolas e hospitais "com o objetivo
de reduzir e controlar os efeitos sobre a saúde pública".
Segundo Jorge Ferreira, da Plataforma
Transgénicos Fora, citado no comunicado, "o glifosato aparece em todo o lado: na água, nos
alimentos, nas pessoas, até na chuva e no leite materno".
As substâncias carcinogénicas "não
têm limiar de segurança pelo que a proteção da saúde exige a proibição total, tal como já aconteceu
com inúmeros pesticidas no passado", acrescenta.
Estadística mensual de Nogal de Vida:
Muchas gracias queridos lectores.
Patricia
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